sábado, 16 de abril de 2011

A arte de caminhar pelas calçadas

Talvez eu seja um chato de marca maior, mas é incrível o ponto de falta de noção até onde o ser humano pode chegar. Tenho certeza de que você já trombou com alguém saindo de uma loja olhando atentamente para um ponto a 180º da direção que ela segue, sim, isso também acontece sempre comigo. Você pode nunca ter percebido, mas sempre há alguém andando em zig-zag na calçada atrapalhando o fluxo. Também existem aquelas pessoas que fazem questão de parar no lugar mais estreito da calçada com aquele monte de sacola no braço, catarrentos ao seu redor e tudo mais que tiver direito pra conversar com outra pessoa com o mesmo número de tranqueiras ou até mais e com isso, não mais do que instantaneamente, conseguem travar o fluxo da calçada.
Vamos por partes, alguém pode me explicar qual o sentido de uma pessoa andar em zig-zag na calçada? Quando alguém quiser passá-la terá que calcular o exato momento em que ela mudar de direção e passá-la rapidamente ou, caso contrário, irá ser fechada pela pessoa da frente infinitamente.
Qual a dificuldade de sair de uma loja ou caminhar pela calçada e conseguir olhar na direção em que se caminha? (essa situação é particularmente de total domínio das mulheres, não é machismo, é minha estatística) Não sei o nível de importância de uma vitrine em relação ao que vem pela frente, só sei que quando uma mulher está olhando para uma vitrine não adianta gritar ou esbravejar, ela vai passar por cima daquilo que estiver pela frente. O problema da loja é ainda mais preocupante, pois, normalmente, é uma situação que necessita de ação rápida pois a pessoa virá em sua direção em alta velocidade, aparecerá de repente, não mais que de repente, e quase te jogará no chão. O pior é quando a pessoa que saiu da loja ainda vira de cara amarrada e balbucia: "-Ei, olha pra frente!!!"
A questão de pedir desculpas, essa sim é uma coisa muito difícil (em particular para a maioria das mulheres bonitas ou aqueles que se acham bonitas, novamente essas são minhas estatísticas). Quando uma pessoa esbarra em você na rua, por educação ela deveria pedir desculpas. Em todos os casos, eu sendo o culpado pelo esbarrão ou não, eu peço desculpas, mas tem sempre aquela pessoa retardada que te da uma trombada e ainda olha de cara feia pra você, ou simplesmente empina a bunda e a cabeça, estufa o peito e segue seu rumo, algumas vezes com um pedaço do seu braço ou ombro junto com ela.
E os velhos? Ou melhor, pessoas da melhor idade. Esses sim se acham donos da calçada (afinal de contas eles pagam impostos a mais tempo do que você). Mas se você estiver parado, estático, no nível de energia zero, a uma temperatura absoluta de zero kelvin, na calçado, esses seres, que todos nós iremos nos tornar algum dia, irá vir em sua direção, esbarrar em você e ainda dizer que sua mãe não te deu educação. Com certeza minha mãe me deu educação, caso contrário eu ja teria derrubado o(a) senhor(a) no chão e enchendo de chute até você não sentir mais seus membros e não me encher mais o saco quando eu estiver parado na calçado.... hunf, hunf, hunf, hunf, 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10... é, acho que estou mais calmo.
Eu acho que só a partir do momento em que as calçadas tiverem sinalização, divisão de tráfego e necessitar de auto-escola para andar pelo centro da cidade é que as pessoas irão caminhar de forma mais, digamos, eficaz, afinal de contas andar é uma das primeiras coisas que começamos aprender na vida, mas existem pessoas que morrem sem saber andar. (não é um trocadilho para pessoas com deficiências físicas)

2 comentários:

Rodolpho disse...

Isso é o que? Reflexo do calçadão de Viçosa? Parabéns pelo blog Léo, não sabia que você escrevia. hehe... Rodolpho

Leonardo Neves disse...

o único calçadão que não aconteceu isso comigo foi onde a Bárbara ta fazendo estágio lá em santa catarina, só não sei se o calçadão lá fica sempre com pouca gente ou foi só no dia que eu fui....